As aldeias do xisto são um destino muito interessante para visitar numa escapadinha de fim-de-semana. Em todas as aldeias é obrigatório passear pelas ruas. Caso estejas a pensar dormir na aldeia, aconselho-te a deitares-te tarde e acordar cedo, para poderes usufruir dos momentos mais deslumbrantes da aldeia: o pôr-do-sol, a noite serena e o nascer do sol. As melhores estações do ano (em termos de paisagem) são o outono e o inverno, para todas as aldeias portuguesas, graças aos tons vermelhos e laranja do outono e aos brancos e cinzas do inverno. Podes optar por dormir numa das seguintes aldeias para fazer o trajeto das aldeias do xisto da Serra da Lousã, uma vez que a distância entre elas é curta e nem todas têm alojamento.
Nota: o melhor método para visitar estas aldeias para quem vem doutro país é alugar um carro e não ter vertigens!
No percurso que efetuei a caminho da primeira aldeia, Chiqueiro, passei pelo Castelo da Lousã.
Depois, prossegui e cheguei à primeira aldeia, Chiqueiro, "embalada pelas campainhas do rebanho". Já que não há alojamentos nesta aldeia, podes optar por dormir em Casal Novo ou Talasnal (as mais próximas), embora esteja de momento a ser construída uma casa de campo "Casa d'Avó Celeste". Se queres comer num bar ou café (como alternativa à comida do alojamento), só em Talasnal (a 3,5km de distância) é que poderás fazê-lo.
De seguida, continuei o percurso para Casal Novo, "casal novo em xisto velho". Poderás pernoitar num alojamento local em Casal Novo, a Casinha do Conde e comer num café no Talasnal, a 2,4km de distância.
Seguindo caminho, parei em Talasnal, "animada por deliciosos sabores". Infelizmente, estava a haver uma festa e não pudemos parar o carro porque estava tudo cheio, até do lado do precipício! Esta aldeia oferece-te três alojamentos locais: Casa Lausus, Casa da Urze e Casa Princesa Peralta. Para além das refeições oferecidas por estes alojamentos, podes comer no café que se situa à entrada da aldeia.
Percorridos mais nove quilómetros, cheguei a Candal, "aninhada na serra". Candal tem algumas casas caiadas de branco, mas a maior parte é de xisto escuro. Podes passar um bocado a relaxar/lazer na piscina natural que esta aldeia oferece, cuja água vem de uma ribeira que lá passa e deves subir as ruas do norte da aldeia e procurar a chaminé que uma das fotografias abaixo retratam. Podes também dormir nos alojamentos locais Casa Cimeira ou Casa das Bugalhas e comer em Sabores da Aldeia, onde aconselho os talasnicos, doçaria de castanha, amêndoa e mel, e onde podes comprar recordações na Loja Aldeias do Xisto.
O destino seguinte é espetacular: Cerdeira, "onde mora a tranquilidade". Nesta aldeia de sonho, podes pernoitar na Casa do Forno, na Casa da Escada e em mais outros alojamentos. Aconselho-te a escolher um quarto com varanda, pois essa tem uma vista magnífica para todo o vale. No centro da aldeia há um café e uma Loja Aldeias do Xisto onde poderás comer e comprar recordações, onde aconselho a compra de um dos roteiros sobre a Serra da Lousã que estão à venda.
Para visitar as últimas aldeias, voltei à Lousã e dirigi-me a Comareira, "a mais pequena, tão genuína". Na aldeia não há alojamento, mas na Pena, "pena de partir" (aldeia por onde eu, infelizmente, não passei), existem dois sítios onde poderás pernoitar: Casa da Cerejinha e Casa do Nevoeiro. Para tomar um café, podes ir a Aigra Nova (a 1km de distância).
Aigra Nova, "aldeia e muito mais", é uma aldeia serena. Podes dormir na Pena, nos alojamentos referidos antes, e comer no café e Loja Aldeias do Xisto.
Aigra Velha, "uma aldeia de topo", deves parar e meditar um pouco. Podes dormir na Pena, nos alojamentos referidos antes e comer em Aigra Nova, na Loja Aldeias do Xisto.
No regresso, passei em Penacova, para admirar o pôr-do-sol.
No dia seguinte, fui conhecer a fauna e flora da Serra da Lousã, e passei numa aldeia do xisto: Casal de São Simão, "um casal numa rua". Nesta aldeia diferente, podes pernoitar na Casa Amarela e comer num bom restaurante e Loja Aldeias do Xisto.
